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Sinopse
Depois de filmar o documentário Comédias do Minho, em 2012 (RTP/Terratreme), Paulo Menezes regressou aos 5 municípios do Vale do Minho, com os 5 atores das CdM, para filmar 5 ficções na paisagem, nos lugares e no frio das casas minhotas.
Ficção | 64′ | 2013
FICHA ARTÍSTICA
REALIZAÇÃO Paulo Menezes
IMAGEM João Plácido
SOM Ricardo Leal
MONTAGEM Luís Miguel Correia
APOIO TÉCNICO Vasco Ferreira
INTERPRETAÇÃO Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Mónica Tavares, Rui Mendonça, Tânia Almeida, entre outros
As Cinco Ficções
A EMIGRANTE
Mãe e filho emigrantes em França regressam à casa de família, em Valença, após a morte do marido.
O FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Um funcionário público é despedido, mas os acontecimentos não são reais.
O LAVRADOR
Um homem preso nos seus afectos perde a esperança de dialogar com a sociedade.
O PADRE
Um padre comete um pecado, a comunidade revolta-se e faz justiça pelas suas mãos.
A HERDEIRA
Uma mulher de negócios recebe uma herança. Uma propriedade e casa de família antiga.
Conversa com Paulo Menezes
PAULO MENEZES
Realizador
É um projeto cinematográfico que envolve 5 atores e 5 municípios do Vale do Minho. Através de um olhar ficcional percorremos o território do Vale do Minho e encontramos as 5 personagens que nele habitam. As histórias são ilustrações de uma realidade possível, sendo que, ao tocar na realidade encontramos os personagens de todos os dias. Todos assumimos perante a sociedade um lado ficcional, espelhamos a pessoa que gostaríamos de ser, percorremos os nossos caminhos profissionais e familiares e construímos uma vida a partir dessas premissas.
No projeto 555, em conjunto com as Comédias do Minho, tentou-se convocar, além dos atores residentes, os atores amadores que têm vindo a desenvolver, ao longo de 10 anos, competências de atuação de teatro. Conseguiu-se convocar, ao mesmo tempo, a comunidade, através do envolvimento de pessoas reais para representarem personagens que tocam na sua própria realidade.
A ideia de que um taxista pode representar a personagem de taxista num filme é um exemplo de um dos pontos fulcrais neste projeto: a representação da vida tal como ela é, inserida numa ficção. O trabalho do ator residente ou do ator amador passa por contracenar com pessoas reais, a dificuldade é acrescida mas os resultados são verdadeiramente mais naturais ou reais. Existe uma certa verdade naquelas imagens, que são a verdade da realidade. Enquanto no teatro vivemos o tempo do ator e da palavra, no cinema o tempo é o da imagem e do som.
Outra ideia que está presente no filme que conta as cinco histórias é a de viverem o mesmo tempo, ou seja, todas se passam nos mesmos dias, um retrato contemporâneo da realidade do vale minhoto em simultâneo. Em última análise, o filme pretende incluir a comunidade do Vale do Minho na ficção da vida. Um olhar para dentro com uma perspetiva exterior através de um espelho em forma de filme.
Nasceu em 1977. Em 1995, estudou desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes. Nos anos seguintes frequentou vários cursos da Fundação Calouste Gulbenkian, nomeadamente Cinema de Animação com Fernando Galrito, Ilustração com Alice Geirinhas e Animação de Volumes com José Miguel Ribeiro.
Em 1998 recebeu o prémio de jovem cineasta no festival de cinema de animação de Espinho com a curta-metragem “O lado B”.
Ingressou na Escola Superior de Teatro e Cinema em 1997 finalizando o curso em 2000, com a especialização em Imagem.
Na Escola Superior de Teatro e Cinema teve formação em Televisão e Vídeo na Estação Televisiva – SIC com Ricardo Freitas e Jorge Costa.
Frequentou dois workshops de Direção de Fotografia, um com Eduardo Serra
A.F.C./A.S.C. como observador e outro como participante filmando um dos dois exercícios propostos por Jonh Bailey A.S.C.
Em 2004 frequentou uma Master Class de Animação de Volumes lecionada por Pascal Le Notre da Folimage. Em 2005 participou num Workshop de Direção de Fotografia e pós produção Digital em Avanca com Juan Diego Solanas A.F.C.
A trabalhar desde 2000 na área de cinema, começou como assistente de imagem em ficção e já trabalhou em séries de televisão, filmes documentários e filmes de ficção como operador de camera e Diretor de Fotografia. Como resultado do trabalho de Diretor de Fotografia foi premiado em 2006 no festival Internacional de Vila do Conde, em 2009 no Festival Internacional Indie Lisboa e, em 2012, na Mostra de cinema Marilia em Rio de Janeiro. Já realizou dois documentários longa-metragem e tem também vindo a desenvolver trabalhos noutras áreas artísticas como o cinema de animação e as artes plásticas.