CRIAÇÃO E ORIENTAÇÃO
Rita Pedro
19 NOV
17:30 — 20:30
Casa do Conhecimento, P Coura
20 NOV
17:30 — 20:30
Biblioteca Municipal de Monção
Nº DE PARTICIPANTES: 25 POR MUNICÍPIO
Inscrições:
(Professores)
Centro de Formação do Vale do Minho e CENFIPE
(Público em Geral)
Monção, Valença e VN Cerveira: Bibliotecas Municipais
P Coura: Centro Cultural
Melgaço: Casa da Cultura
“Se não havia nada, como é que surgiu alguma coisa?” (Nuno, 8)
“Porque é que uma árvore se chama árvore?” (Sara, 7)
“Nós somos estranhos?” (Artur, 9)
“Temos que ser crescidos para nos tornarmos livres?” (Joana, 10)
“Podemos ser amigos de toda a gente?” (Daniel, 9)
“Quem foi a primeira mãe de todas?” (Melissa, 10)
Para aprender a escutar estas e outras interrogações filosóficas é necessário ultrapassar barreiras bem traçadas da racionalidade adulta e abrir‑se ao novo, ao inesperado e ao imprevisível que a Infância traz consigo. A criança com todas as suas perguntas metafísicas, ontológicas, éticas e estéticas, i.e., as perguntas fundamentais do ser humano, convida‑nos a entrar no território do espanto filosófico, que nasce porque há qualquer coisa em vez de nada. Desta forma, esta formação pretende preparar o adulto para o encontro entre a Filosofia, a Infância e a Pedagogia. Trata‑se de saber acolher as interrogações filosóficas das crianças dentro e fora da escola, assim como, alargar o espaço de liberdade de expressão entre o adulto e a criança.
Rita Pedro
Doutoranda em Filosofia pela Universidade Paris VIII. Mestre em Filosofia pela Universidade Nova sob a orientação do Professor José Gil. Desde 1999 coordena e desenvolve projetos de Filosofia com Crianças (FcC) e trabalha nessa área como pesquisadora, formadora, professora e animadora. Desde 2006, coordena e dinamiza projetos de FcC em contextos de interculturalidade, nomeadamente o projeto Pensar e Agir na Diferença, na Associação Moinho da Juventude (2006-2011) e o projeto Diálogos na Diversidade, no museu nacional de Etnologia (2018-19). Entre 2009 e 2011, em Cabo Verde, desenvolveu trabalhos de pesquisa em torno da prática de FcC em contexto comunitário, e trabalhou com crianças de comunidades rurais e piscatórias. Desde 2012, trabalha em parceria com vários artistas, atores e bailarinos, na cocriação de experiências artístico-filosóficas e espetáculos para crianças. Autora e intérprete de duas miniconferências para miúdos curiosos, sobre racismo, no teatro Maria Matos e no LU CA, entre 2017 e 2018. Criação da conversa-espetáculo “Why some people don’t like black and others don’t like white?”, em cocriação com um grupo de crianças, para o Festival TODOS de 2018. Coordena uma pós-graduação em Filosofia com Crianças que terá início do ano 2019.