Encontros Excêntricos*
Da Arte e da Educação
*entenda-se a excentricidade enquanto exercício de procura da raiz da liberdade
9 OUT
17:00 – 20:00
Casa da Cultura de Melgaço
COMÉDIAS DO MINHO 2019
Nas Comédias do Minho, o ano de 2020 começa em 2019, com o início do ano letivo.
PARA QUE SERVEM ESTES ENCONTROS?
Os Encontros Excêntricos servem para apresentar o programa do Projeto Pedagógico das CdM e apontar algumas pistas da programação geral.
As Comédias do Minho existem para as pessoas. Para que as pessoas possam escolher estar próximas de nós é importante que saibam o que fazemos, como, porquê e com quem. Assim, estes Encontros servem também para darmos a conhecer melhor a sensibilidade e o pensamento que estamos a construir bem como algumas das pessoas que estarão a trabalhar com as CdM nos próximos tempos, como é o caso do Teatro do Frio e da Rita Pedro. Esteve connosco também Maria de Assis.
PROGRAMA
· Breve Apresentação dos Encontros Excêntricos
· Lançamento do Programa do Projeto Pedagógico 2019/2020
· Algumas Pistas sobre o Programa Anual de 2020
· Falam os Nossos Convidados: Teatro do Frio, Rita Pedro, Maria de Assis
· Falamos todos
CONVIDADOS
Teatro do Frio
TdFrio é um coletivo artístico constituído em 2005 e inserido no contexto regional da zona Norte. Surge com o propósito de privilegiar o espaço da pesquisa na criação teatral, com uma vontade estatutariamente enraizada de cruzamento disciplinar. Desde 2013 investiga limiares e zonas de contacto entre os processos de criação teatral e a arte sonora, acústica, dança e escrita composicional. Nesta premissa, tem aprofundado o investimento na criação de espetáculos onde intérprete e palavra emergem da investigação sistemática em torno das relações emoção, ação, pensamento e donde a escrita dramatúrgica/composicional acontece a partir de uma gramática própria que relaciona voz, corpo, espaço e som.
O TdFrio concebeu e produziu 35 criações, em cooperação com diferentes parceiros de âmbito local, nacional e internacional, das quais, CRUZADAS (2011) e RETALHOS (2008) com o apoio pontual da DGArtes. No ano de 2013 e nos biénios 2015/17 e 2018/19 teve apoio sustentado.
Desde 2016 investiga relações entre escrita dramatúrgica e paisagem aprofundando em 2017 esse exercício ao conceito de drama sonoro, relacionando cinestesia [linguagem do corpo] e toponímia [linguagem do território]. É neste contexto que inquietações de sustentabilidade emergem colocando-nos na rota Cultura e Natura.
Rita Pedro
Doutoranda em Filosofia pela Universidade Paris VIII. Mestre em Filosofia pela Universidade Nova sob a orientação do Professor José Gil. Desde 1999 coordena e desenvolve projetos de Filosofia com Crianças (FcC) e trabalha nessa área como pesquisadora, formadora, professora e animadora. Desde 2006, coordena e dinamiza projetos de FcC em contextos de interculturalidade, nomeadamente o projeto Pensar e Agir na Diferença, na Associação Moinho da Juventude (2006-2011) e o projeto Diálogos na Diversidade, no museu nacional de Etnologia (2018-19). Entre 2009 e 2011, em Cabo Verde, desenvolveu trabalhos de pesquisa em torno da prática de FcC em contexto comunitário, e trabalhou com crianças de comunidades rurais e piscatórias. Desde 2012, trabalha em parceria com vários artistas, atores e bailarinos, na cocriação de experiências artístico-filosóficas e espetáculos para crianças. Autora e intérprete de duas miniconferências para miúdos curiosos, sobre racismo, no teatro Maria Matos e no LU CA, entre 2017 e 2018. Criação da conversa- espetáculo “Why some people don’t like black and others don’t like white?”, em cocriação com um grupo de crianças, para o Festival TODOS de 2018. Coordena uma pós-graduação em Filosofia com Crianças que terá início do ano 2019.
Maria de Assis
Licenciada em História pela Universidade de Lisboa e pós-graduada em Gestão das Artes pelo INA – Direção Geral da Qualificação dos Trabalhadores da Fundação Pública/CCB – Centro Cultural de Belém. Jornalista e crítica de dança. Apresentadora de programas culturais para a rádio e televisão. Autora e coautora de várias edições sobre dança e artes performativas contemporâneas. Consultora de programação para dança e teatro no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian (1995 a 2003) e no Teatro Viriato, em Viseu (desde a fundação em 1996 até ao presente). Vice-Presidente do Instituto das Artes do Ministério da Cultura de 2003 a 2005. Coordenadora do setor educativo de Música da FCG de 2005 a 2008, Coordenadora Executiva do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura de 2008 a 2012. Membro do grupo de trabalho em Educação e Cultura constituído pela Comissão Europeia em 2008/2009 e 2014/15. Foi diretora do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência entre 2013 e 2017 e atualmente, ao abrigo de um protocolo entre a FCG e a EGEAC, está como assessora do CA da EGEAC para a área educativa, sendo responsável pelo planeamento e desenvolvimento estratégico do DESCOLA, um projeto de atividades criativas para alunos e professores que reúne os equipamentos e serviços municipais de cultura da Câmara Municipal de Lisboa.
É, desde 2016, Presidente da direção da Companhia Maior, um projeto de criação contemporânea na área das artes performativas para artistas com mais de 60 anos.
Foi nomeada, em maio de 2019, Presidente da Comissão Científica do Plano Nacional das Artes.