ENCONTROS EXCÊNTRICOS*
DA ARTE E DA EDUCAÇÃO
*entenda-se a excentricidade enquanto um exercício de procura da raiz da liberdade.
13 de OUT | 17:30 – 19:30
VALENÇA, Auditório CILV
Entrada Livre
Público-alvo: Agentes educativos, Rede de Colaboradores Locais, Mediadores e outros interessados.
VER FOLHA DE SALA
Nas Comédias do Minho, o ano de 2022 começa em 2021, com o início do ano letivo.
PARA QUE SERVEM ESTES ENCONTROS?
Os Encontros Excêntricos servem para apresentar o programa do Projeto Pedagógico das Comédias do Minho e apontar algumas pistas da programação geral.
As Comédias do Minho existem para as pessoas. Para que as pessoas possam escolher estar próximas de nós, é importante que saibam o que fazemos, como, porquê e com quem. Assim, estes Encontros servem também para darmos a conhecer melhor a sensibilidade e o pensamento que estamos a construir, bem como algumas pessoas que estarão a trabalhar com as Comédias do Minho nos próximos tempos. Estes Encontros servem ainda, e muito especialmente, para que possamos conversar livre e informalmente.
Convidámos Ana Pêgo, Miguel Fragata e Inês Barahona para nos falarem um pouco sobre os projetos artísticos e pedagógicos que estão a desenvolver com as Comédias do Minho.
E porque estes Encontros servem, também, como espaço de debate sobre a relação entre a arte e a educação, convidámos Sara Brighenti, atualmente subcomissária do Plano Nacional das Artes.
Este ano, acrescentamos o lançamento do Projeto Mutantes que ao longo de 2 anos se estende aos 10 municípios do Alto Minho. Mutantes é um programa muito especialmente dedicado aos adolescentes, mas que alcança também professores, mediadores e outros interessados em arte e educação.
PROGRAMA
Breve apresentação dos Encontros Excêntricos
Lançamento do Programa do Projeto Pedagógico 2021/22
Apresentação do Projeto Mutantes – Cultura para todos
Algumas pistas sobre o Programa Anual de 2022
Falam os nossos convidados: Ana Pêgo, Miguel Fragata e Inês Barahona, Sara Brighenti
Falamos todos
CONVIDADOS
ANA PÊGO
Quando era pequena, teve a sorte de morar mesmo ao lado da praia e de ali passar grande parte do tempo, não apenas a dar mergulhos, mas a explorar poças de maré, fazer caminhadas ou procurar fósseis.
À medida que foi crescendo, o interesse e a curiosidade pelo mar nunca a abandonaram. Estudou Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve e, trabalhou alguns anos em investigação, sempre ligada aos oceanos: primeiro, na área das Pescas, na Universidade do Algarve; mais tarde, como Técnica de Laboratório no Laboratório Marítimo da Guia (MARE/FCUL), em Cascais.
Desde 2012 tem-se dedicado sobretudo a projetos de educação ambiental, onde combina a ciência com a arte, com o objetivo de dar a conhecer a vida dos mares e sensibilizar as pessoas para a conservação dos oceanos, nomeadamente para o problema dos resíduos de plástico. Foi neste contexto que em 2015 criou o projeto Plasticus maritimus, que é também uma página do Facebook e do Instagram, onde vai dando conta das suas descobertas.
“Plasticus maritimus, uma espécie invasora” é o nome do livro que escreveu com Isabel Minhós Martins, ilustrado pelo Bernardo P. Carvalho, editado em 2018 pela editora Planeta Tangerina. Está no Plano Nacional de Leitura e já foi editado em 10 idiomas.
A Ana recebeu o 3º lugar do prémio Terre de Femmes 2020, da Fundação Yves Rocher e, recentemente, o Prémio Quercus 2020, categoria individual.
https://www.facebook.com/plasticusmaritimus
https://www.instagram.com/plasticusmaritimus/
MIGUEL FRAGATA
Nasceu no Porto, em 1983. É encenador e ator. Estudou Teatro na ESMAE e na ESTC. Trabalhou com os encenadores Jorge Andrade, Madalena Victorino, Cristina Carvalhal, Catarina Requeijo, Giacomo Scalisi, Rafaela Santos, Gabriel Villela e Agnès Desfosses, entre outros.
Em 2014, fundou a Formiga Atómica, companhia de Teatro que dirige e na qual concebeu e encenou espetáculos sobre questões contemporâneas, destinados a todos os públicos.
Os seus projetos são habitualmente antecedidos por períodos de pesquisa motivados pelos temas e/ou públicos que abordam. Entre as suas criações, destacam-se Fake, Montanha-Russa, A Caminhada dos Elefantes, Do Bosque para o Mundo, The Wall e A Visita Escocesa.
Os seus espetáculos têm sido apresentados em teatros e festivais por todo o território nacional, Espanha, França, Bélgica, Alemanha e Suíça.
Colabora regularmente com a Orfeu Negro na criação de leituras encenadas.
É autor, juntamente com Inês Barahona e Mariana Malhão, do livro “Ciclone – Diário de uma Montanha-Russa”, editado pela Orfeu Negro e vencedor do prémio SPA na categoria de melhor livro infanto-juvenil 2020.
INÊS BARAHONA
Nasceu em Lisboa, em 1977. Licenciada em Filosofia. Mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Faculdade de Letras (Universidade de Lisboa).
Ingressou no Centro de Pedagogia e Animação, do Centro Cultural de Belém, em 2005, sob a direção de Madalena Victorino, onde desenvolveu projetos de relação entre as artes e a educação para público escolar, familiar e especializado. Desenvolveu, em 2008, com Madalena Victorino e Rita Batista, para a Direção-Geral das Artes, “O Livro Escuro e Claro”, cuja distribuição acompanhou em 2012, dando formação a equipas e professores. Colaborou ainda na conceção da exposição “Uma Carta Coreográfica” da autoria
de Madalena Victorino, para a Direção-Geral das Artes.
Integrou a equipa de Giacomo Scalisi, vertentes de Produção e Relação com a Comunidade, na inauguração do Teatro Municipal de Portimão, em 2008.
Trabalha em áreas como a escrita e a dramaturgia, com Madalena Victorino (“Caruma” e “Vale”), Giacomo Scalisi (“Teatro das Compras”), Teatro Regional da Serra de Montemuro (“Sem Sentido”) e Catarina Requeijo (assistência de encenação ao espetáculo “Amarelo”, texto de “A Grande Corrida” e de “Muita Tralha, Pouca Tralha”). Encenou, em 2012, o espectáculo “A Verdadeira História do Teatro”, para o Teatro Maria Matos, e em 2013, “A Verdadeira História da Ciência”, para a Fundação Calouste Gulbenkian.
Fundou, em 2014, a companhia FORMIGA ATÓMICA com Miguel Fragata, com quem cocriou os espetáculos “A Caminhada dos Elefantes” (2013); “The Wall” (2015); “A Visita Escocesa” e “Do Bosque para o Mundo” (2016), “Montanha-Russa” (2018) e “Fake” (2020), ocupando-se da escrita dos textos.
É autora, juntamente com Miguel Fragata e Mariana Malhão, do livro “Ciclone – Diário de uma Montanha-Russa”, editado pela Orfeu Negro e vencedor do prémio SPA na categoria de melhor livro infanto-juvenil 2020, um texto que resultou do espetáculo “Montanha-Russa”.
Deu formação na área da escrita a professores e adultos, no Sou – Movimento e Arte, Fundação C. Gulbenkian e Circolando.
SARA BARRIGA BRIGHENTI
Lisboa, 1974
Licenciou-se em Artes Plásticas, mestre em Artes Visuais, pós-graduada em Museologia e Património, Didática das Artes e Liderança. Fez investigação e estagiou em museus em Portugal e no Peggy Guggenheim, em Veneza.
É subcomissária do Plano Nacional das Artes. Em 2019 foi nomeada para o grupo de projeto os «Museus no Futuro» – Ministério da Cultura. Entre 2011 e 2019, coordenou o Museu do Dinheiro, foi responsável pela sua instalação e do núcleo de interpretação da Muralha de D. Dinis, gestão de equipas, exposições, edições, projetos com a comunidade, programação cultural e educativa. Anteriormente, coordenou o serviço educativo da Casa das Histórias Paula Rego, foi consultora do Teatro Viriato, elaborou programação e gestão de públicos para o Museus e Palácios e Monumentos. Foi assessora dos Ministério da Educação para os programas de ensino artístico, colaborou como avaliadora do programa INOV ART. Concebeu projetos educativos para o CCB, Museu Gulbenkian, Museu do Chiado e para o Alto Comissariado para as Migrações. Participou no projeto Educação Artística – FGC e Unesco.
Foi docente no ensino artístico, básico, secundário e superior. É autora de livros, artigos, crónicas, manuais escolares e suportes didáticos. É formadora nas áreas de educação museal. Participa como oradora em conferências, seminários e encontros.