ENCONTROS EXCÊNTRICOS*:
DA ARTE E DA EDUCAÇÃO
*entenda-se a excentricidade enquanto um exercício de procura da raiz da liberdade.
12 de OUT | 17:00 – 20:00
PAREDES DE COURA, Centro Cultural
Entrada Livre
Público-alvo: Agentes educativos, Rede de Colaboradores Locais, Mediadores e outros interessados.
VER FOLHA DE SALA
Nas Comédias do Minho, o ano de 2023 começa em 2022, com o início do ano letivo. Porque não queremos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, começamos agora a envolver a comunidade educativa na nossa programação.
PARA QUE SERVEM ESTES ENCONTROS?
Estes Encontros servem para apresentar o programa 2022-23 do Projeto Pedagógico e apontar algumas pistas da programação geral das Comédias do Minho (CdM).
As CdM existem para as pessoas. Para que as pessoas possam escolher estar próximas de nós é importante que saibam o que fazemos, como, porquê e com quem. Assim, estes Encontros servem também para darmos a conhecer melhor a sensibilidade e o pensamento que estamos a construir bem como algumas das pessoas que estarão a trabalhar com as CdM nos próximos tempos, como é o caso da Filipa Francisco (Mundo em Reboliço), e da Clara Ribeiro e da Filipa Mesquita, (Teatro e Marionetas de Mandrágora). Estará connosco também Manuel Jacinto Sarmento. Estes Encontros servem ainda, e muito especialmente, para que possamos conversar livre e informalmente.
PROGRAMA
- Breve apresentação dos Encontros Excêntricos
- Lançamento do Programa do Projeto Pedagógico 2022/23
- Algumas pistas sobre o Programa Anual de 2023
- Falam os nossos convidados: Filipa Francisco, Clara Ribeiro e Filipa Mesquita, Manuel Jacinto Sarmento
- Falamos todos
CONVIDADOS
FILIPA FRANCISCO (Mundo em Reboliço)
Filipa Francisco, coreógrafa e performer. Fez a sua licenciatura na Escola Superior de Dança. Em Nova Iorque, estudou com bolsa da Fundaçāo Luso-Americana e do Gabinete de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, na Companhia de Dança Trisha Brown, no Lee Strasberg Institut e com o dramaturgo André Lepecki. Desenvolveu, durante sete anos, um trabalho de formaçāo e criaçāo com reclusos do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco (Projeto Rexistir), com produçāo do CENTA (2000-2006).
Em 2007 foi artista convidada do projecto de “Reinserçāo pela Arte” promovido pela Fundaçāo Calouste Gulbenkian, em Centros Educativos. Em 2007/2008/2009, foi Diretora Artística de “Nu Kre bai bu onda,” um projeto de formaçāo em dança e criação, no bairro da Cova da Moura (producão ALKANTARA). Dentro deste projeto e com o grupo Wonderfull Kova M. criou “Iman”, considerado pela crítica do jornal Público o melhor espetáculo do ano. Em 2011, estreou o “A viagem” com o Grupo Folclórico dos Riachos, apresentado no Festival Materiais Diversos. Desde há 10 anos que esta peça viaja, tendo já sido realizada com vários grupos folclóricos em Portugal, Brasil e País de Gales. Faz parte das redes internacionais IETM (rede internacional de artes performativas) e AREA (arte em meio rural).
CLARA RIBEIRO (Teatro e Marionetas de Mandrágora)
Formada em Interpretação pela ACE – Academia Contemporânea do Espetáculo.
Possui o Curso Profissional de Teatro de Formas Animadas.
Licenciada em Gestão do Património pela Escola Superior de Educação do Porto, em 2008.
Fundadora e diretora artística da companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora desde 2002.
Programadora do Festival Ponto Pequeno, em 2004 e 2005;
Programadora do Encontro Internacional de Marionetas (EI!).
Dirigiu, encenou, produziu e interpretou nas mais de 54 produções da Companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora.
Encenou os espetáculos “O Gato Preto e a Gaivota Cor-de-Prata”, “Farsa do Mestre Pedro Pereira”, “Entre Lugares”, “Benilde Bzzzoira”, “Venturas do Nosso Reino”, “F.U.N.I.L.”, “Mãos de Sal”, “desVenturas do Reino”, “Para que Servem as Mãos”, “O Triunfo dos Fortes”, “História de um Gato e de um Rato que se Tornaram Amigos”, ” A Breve História de Portugal”, “QUEIXA-TE”, “Aurora”, “Madrugada Trás-os-sonhos. Para a Companhia Krisálida, dirigiu artisticamente e encenou o espetáculo PLASTIKUS, em 2018, criou e interpretou o espetáculo “Refúgio” e “Breve história de um amor”, em 2019.
Entre 2002 e 2021, encenou também 15 projetos educativos para Museus e Instituições culturais e 12 projetos de Teatro comunitário. Recebeu o prémio revelação no Festival Découver, Images et Marionnette, em Tourné, Bélgica, em 2001. Apresentou os seus projetos em Festivais nacionais e internacionais, nos seguintes países: Espanha, França, Bélgica, Eslováquia, Noruega, Bulgária e USA.
Clara Ribeiro tem explorado continuamente a mescla de técnicas de manipulação e interpretação com a marioneta e objetos, aliando-as a uma visão própria e contemporânea, potenciando as relações entre o ator e a marioneta para que o contacto entre estas distintas linguagens trabalhem para a criação de um universo poético onde a busca da identidade cultural se encontra presente.
FILIPA MESQUITA (Teatro e Marionetas de Mandrágora)
Nasceu no Porto em 1976, dedica-se ao teatro de marionetas desde 1996. Concluiu o Ensino Secundário em Artes, em 1995. Frequentou Universidade Lusíada em Arquitetura, em 1996. Formada em Interpretação pela ACE – Academia Contemporânea do Espetáculo, em 1999. Possui o Curso Profissional de Teatro de Formas Animadas (2002), tendo uma vasta formação com atores, dramaturgos, cenógrafos e marionetistas nacionais e internacionais. Desde 1999 que se tem deslocado a vários países para realizar formações e apresentar o seu trabalho na vertente do teatro de objetos: Espanha, França, Bélgica, Eslováquia, Noruega, Macau e USA.
Membro fundador da companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora (2002). Encenou diversas criações, tais como “O Jardim – Tomo I – A Primavera”, “Bzzzoira Moira”, “Mistérios”, “As 7 casas da inFortuna”, “casa dos ventos”, “adormecida”, “Breve História de Portugal”, “capucha vermelha”, “Mostrengos dos 7 mares”, “Conchas”, “Descobridores”, “A Floresta”, “O Guardião dos vagalumes”, “A breve História de Portugal”, o “Pequeno pastor”, teatro Dom Roberto”, “O meu avô consegue voar”. Encenou também os espetáculos comunitários “marés” e “contraventos”.
Integrou, como intérprete, inúmeros espetáculos da sua autoria bem como encenados por outros criadores para a Companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora. Colabora com inúmeros projetos de promoção do teatro de marionetas, na investigação do teatro tradicional de bonecos em Portugal, na dinamização de exposições e ações de formação de públicos. Colabora com inúmeros museus e monumentos na implementação de dinâmicas de Serviços Educativos
Filipa Mesquita procura a integração no mundo contemporâneo, das tradições e patrimónios materiais e imateriais estabelecendo uma ponderação constante sobre o que se constrói e o que se destrói numa análise crítica da sociedade atual usando a marioneta como figura simbólica desta análise.
MANUEL JACINTO SARMENTO (Universidade do Minho)
N. 1955. Professor Associado com Agregação no Instituto de Educação da Universidade do Minho, Braga, Portugal. Doutorado em Estudos da Criança, área de especialização em Estudos Socioeducativos. Agregação em Sociologia da Infância. Professor Visitante em várias universidades brasileiras e francesas. Membro da Direção do ProChild CoLAB. É o atual diretor do mestrado em Estudos da Criança e foi diretor do Programa de Doutoramento em Estudos da Criança e do Departamento de Ciências Sociais da Educação da Universidade do Minho. Foi membro do Conselho Nacional da Educação de Portugal (2005-2009). Autor ou coautor de 17 livros e para cima de uma centena de artigos científicos publicados em várias línguas. Diretor da revista Investigar em Educação, da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Áreas de investigação mais recentes: infância e políticas públicas; a criança na cidade; pobreza infantil; culturas infantis e interculturalidade; trabalho infantil; educação e estatuto social do aluno.