DATAS
19 – 22 dezembro 2022
Oficinas Artísticas participantes dos 12 aos 18 anos
Horário 10:00/12:30 . 14:00/16h:30
Inscrições gratuitas até 14 de dezembro:
AQUI ou nos locais indicados:
Arcos de Valdevez | Inscrição na Casa das Artes
Caminha| Inscrição na Biblioteca Municipal
Melgaço | Inscrição na Casa da Cultura
Monção | Inscrição na Biblioteca Municipal
Paredes de Coura | Inscrição na Loja Rural
Ponte da Barca | Inscrição nos Serviços de Saúde e Ação Social
Ponte de Lima | Inscrição na Biblioteca Municipal
Valença | Inscrição na Biblioteca Municipal
Viana do Castelo | Inscrição na EB2,3 Carteado Mena
Vila Nova de Cerveira | Inscrição na Biblioteca Municipal
FÉRIAS MUTANTES | OFICINAS SAZONAIS
As Férias Mutantes constituem momentos de trabalho coletivo imersivo, através das práticas artísticas, que permitem o cruzamento de experiências e de conhecimentos variados e um forte envolvimento dos participantes. Exploramos o “eu”, o “outro”, o “nós” e percebemos a identidade como um processo em permanente construção. Cada grupo é orientado por um artista educador.
INSCREVE-TE AQUI ATÉ 14 DE DEZEMBRO
Estamos em permanente mudança, mesmo que invisível aos olhos. Desde que nascemos, estamos em construção. Somos mutantes. Cada pessoa é única. Cada uma tem uma história só sua. Ninguém tem uma história igual, e todas importam. Que aborrecido seria o mundo se todas as histórias fossem iguais.
Somos feitos de muitos ingredientes. Alguns fazem parte de nós antes mesmo de nascermos. Não pudemos decidir sobre esses ingredientes originais, mas depende de nós o que fazemos com eles, bem como a escolha de outros.
Através de diferentes linguagens artísticas, exploramos o “eu”, o “outro” e o “nós” e percebemos que todos, em algum momento, nos sentimos sozinhos no que pensamos e sentimos. Mas “a solidão a dividir por todos dá menos a cada um”…
Aqui, não queremos ter medo de errar porque errar é uma forma de aprender. Houve até um filósofo que disse: “Se as pessoas não fizessem por vezes coisas disparatadas, nada de inteligente alguma vez se faria”.
Encontra-nos nas redes sociais: @projetomutantes
FORMADORES E OFICINAS
ARCOS DE VALDEVEZ | CENTRO PAROQUIAL | TEATRO
SARA BARROS LEITÃO
Nota biográfica
Porto, 1990. Formou-se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo.
Iniciou a licenciatura em Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o mestrado em Estudos sobre as Mulheres – Género, Cidadania e Desenvolvimento, na Universidade Aberta. Não concluiu nenhum.
Escreve, encena e interpreta. Trabalha regularmente em teatro, cinema, televisão e dobragens.
É feminista, activista, incoerente e a tentar ser melhor. Gosta de histórias, papéis, arquivos e coisas pequenas.
Sinopse
Se estás a ler isto é porque tens vontade de participar. O mais provável é ficares nervoso ou nervosa por não saber o que te espera, eu, pelo menos, sou assim. Começo logo a pensar: “e se me pedirem para fazer coisas que não sei fazer? E como é que vai acontecer, chego lá, e depois? Sento-me? Onde será a casa de banho? Vão ser montes de pessoas que não conheço, mais uma professora que vai descobrir que sou uma fraude e não sei fazer nada de jeito!”
Para ser mesmo sincera, eu também estou em pânico com esta semana. Tenho muitas coisas preparadas, e quero lá saber se fazes bem ou se fazes mal!
Nesta semana, não vamos fazer nada de extraordinário, se queres saber. Eu tenho uma mala cheia de coisas para te mostrar e para partilharmos, e ao longo da vida, fui aprendendo muitos jogos, exercícios e outras coisas que nem sei bem dizer o que são, mas que me fazem sentir super bem, super feliz, super livre.
Quando tinha a tua idade, algumas vezes superei o meu medo do desconhecido e inscrevi-me neste tipo de oficinas. Ainda bem que o fiz. Não foi isso que me fez atriz, mas foram essas experiências que me deram amigos para o resto da vida, e que me ajudaram a perceber coisas sobre mim mesma que eu não fazia ideia.
Às vezes, para olharmos para dentro, precisamos de olhar para os outros e deixar que os outros olhem para nós. E depois, quando voltares a fechar os olhos no silêncio do teu quarto, nem vais acreditar como é fixe seres tu!
Foto ©Raimundo Cosme
CAMINHA | TEATRO VALADARES | MÚSICA
SIMÃO COSTA
Nota biográfica
Conclui o curso de piano do Conservatório Nacional em 1998 com 20 valores, prosseguindo estudos na ESML em Lisboa e na Codarts Rotterdam em Roterdão. É pianista, compositor e artista visual, trabalha a solo e mantém colaborações regulares nos coletivos: Dança de Materiais Inertes com Marta Cerqueira, ISA sound box com João Calixto, YPSC_Transduction com Yola Pinto, SAS Orkestra de Rádios com Ana Trincão e Sónia Moreira.
O seu trabalho é apresentado em palco, disco, código, galeria, museu, rua, livro, tocando as áreas da música e artes visuais contemporâneas e foi apresentado em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Polónia, Holanda, Reino Unido, Itália, Suécia, Áustria, Estónia, Roménia, Brasil, Chile e Uruguai.
É membro fundador e diretor artístico da MãoSimMão – ac.
Sinopse
ISAsoundbox é um projeto de criação e mediação artística transdisciplinar com co-direção do cenógrafo e artista plástico João Calixto e do pianista e compositor Simão Costa.
Está estruturado como uma coleção de esculturas com dimensão participativa em que o público é convidado a experimentar de forma tácita através da interatividade e jogo.
A dimensão participativa está assente no entendimento do som como fenómeno físico e como complemento da sua dimensão cultural.
Em diálogo estão criação artística, novas tecnologias, interactividade e cooperação em grupo. Tem sido apresentado em todo o país com todo o tipo de públicos independentemente da sua condição motora, cognitiva ou operativa.
Todos os jogos são adaptados caso a caso em função das especificidades de cada grupo.
Foto ©João Catarino
MELGAÇO | CASA DA CULTURA | TEATRO
CLÁUDIA GAIOLAS
Nota biográfica
Criadora, intérprete e artista associada do Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser. Foi co-fundadora do Teatro Praga.Tem trabalhado com diversas companhias e criadores.
As suas últimas criações para o Ciclo Antiprincesas são Carolina Beatriz Ângelo e Leonor, Marquesa de Alorna uma encomenda São Luiz Teatro Municipal em co-produção com Teatro Municipal do Porto; e o espectáculo A Quinta dos Animais, direção Tonan Quito; Lecionou teatro no âmbito das “Oficinas de Teatro” promovidas pela Câmara Municipal de Lisboa. Realizou várias oficinas para a infância e juventude para o Artemrede, Teatro Maria Matos, CCB, Fundação Calouste Gulbenkian e Forum Dança. Lecionou teatro entre 2001 e 2018 na Academia de Música de Sta. Cecília.
Sinopse
Avalanche
Durante uns dias o relógio vai parar sempre à mesma hora. É uma avalanche! Vamos avançar. Eu existo contigo. Eu faço um gesto e tu vês. Eu observo-te. Tu olhas para mim. Vamos avançar. Juntos habitamos um planeta de pequenos gestos. Somos muitos e estamos prontos para a mudança. Vamos improvisar muito enquanto avançamos porque não temos certezas. Somos mutantes, criaturas estranhas e belas cheias de desejos.
MONÇÃO | CINE TEATRO JOÃO VERDE | MÚSICA
ANTÓNIO SERGINHO
Nota biográfica
António Serginho nasceu em 1985. É membro nuclear dos daguida e líder do colectivo Retimbrar. Participou em discos e/ou concertos de Bernardo Sassetti, Clã, Dead Combo, Deolinda, Manel Cruz, Mão Verde, Miramar, Nuno Prata, Orquestra Jazz de Matosinhos, Sérgio Godinho, Tim Steiner, We Trust e Zelig. Com a Ondamarela, a Revolução d’Alegria e o Serviço Educativo da Casa da Música desenvolve projectos comunitários, como a Stopestra, “Som Daqui” – Rota do Românico, Orquestra Fervença, Orquestra Caminhos, Orquestra da Bida Airada e Real Confraria do Canto Arouquense. Trabalhou com as companhias Ao Cabo Teatro, Comédias do Minho, Dançando com a Diferença, Pele Espaço, Radar 360º, Teatro do Frio, Teatro Nacional S. João, Teatro Universitário do Porto e The Freedom Theater (Palestina).
https://linktr.ee/antonioserginho
Sinopse
Nesta oficina, a música é um veículo para a expressão individual e colectiva. Vamos partir à descoberta da criação de novos timbres, ritmos e melodias que pretendem traduzir emoções, sensações e segredos. A percussão e a eletrónica serão dois pontos fortes desta oficina, mas não fechamos as portas ao que possa mais acontecer. A criação colaborativa será estimulada e o prazer de fazer música em conjunto está garantido.
PAREDES DE COURA | CAIXA DE MÚSICA | DANÇA
CATARINA GONÇALVES
Nota Biográfica
Lisboa, 1982
Foca o seu trabalho na dança/performance/escrita em contextos que questionam o corpo social/político e a relação entre público/performer. A aproximação à comunidade pauta o seu percurso artístico.
Inicia os seus estudos na área da comunicação, licencia-se em educação e posteriormente em artes do espetáculo – dança contemporânea. Trabalhou com vários criadores e artistas nacionais e internacionais.
De 2011 – 2020 trabalhou como performer, co-criadora e assistente artística da dupla Ana Borralho & João Galante (Casa Branca Associação).
Em 2014 co-criou com Filipe Caldeira duas peças crianças apresentados em Portugal.
Tem dois livros de poesia publicados Sopa D’Urso e AutoRetrato para 1ª Posição de Gatas, pela editora independente Urutau.
Sinopse
As ideias são como peixes. Podemos encontrá-los à superfície das águas, mas lá em baixo, nas profundezas, é que eles são maiores. E sabem qual é o principal isco para os apanhar? O desejo. Temos que desejar as ideias. É o desejo que traz cá para cima esses peixes graúdos.
David Lynch
Como me torno mais (m)Eu? A autenticidade de mim – o que faz no mundo?
_ sobre a pertença _
Com base em práticas de improvisação e ferramentas da performance será uma oficina com o nome “Em Busca do Grande Peixe” inspirado no livro homónimo de David Lynch, onde o universo criativo de cada participante será encontrado ao serviço do colectivo;
Vamos mergulhar lá dentro com o desejo, talvez o passado lá esteja, para seguir o futuro em mim, na minha qualidade e presença – corpo e intenção;
Vamos descobrir como é bom olhar, tocar e ouvir o outro;
Criar um imaginário através do que sou sem corresponder ao que querem de mim, mesmo que as imagens sejam ainda irreconhecíveis;
O universo criativo é o grande peixe e eu sou um grande peixe no universo.
PONTE DA BARCA | CASA DA CULTURA | DANÇA
VICTOR HUGO PONTES
Nota biográfica
Victor Hugo Pontes (Guimarães, 1978) é licenciado em Artes Plásticas – Pintura (FBAUP). Frequentou a Norwich School of Art & Design. Concluiu os cursos profissionais de Teatro do Balleteatro Escola Profissional e do Teatro Universitário do Porto, bem como o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança. Fez o curso de Encenação de Teatro na Fundação Calouste Gulbenkian, dirigido pelos Third Angel, e La Nouvelle École des Maîtres, dirigido por Pippo Delbono (Bélgica e Itália). Como criador, a sua carreira iniciou-se em 2003, com “Puzzle”. Desde então, vem consolidando uma identidade coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país e internacionalmente. Integrou o programa DanceWeb (Festival ImPulsTanz, Viena, 2017), como bolseiro da FCG. É, desde 2009, o diretor artístico da Nome Próprio – Associação Cultural.
instagram nome.proprio
Sinopse
Este workshop assentará no processo criativo de Victor Hugo Pontes e tem como objectivo o desenvolvimento de destrezas físicas e emocionais, por meio de diferentes abordagens. Será também um exercício de partilha do vocabulário do coreógrafo, onde serão experimentados vários exercícios de composição, explorando diferentes configurações do grupo, bem como perspectivas sobre a intensidade da acção cénica, do gesto e da interpretação.
Foto ©Estelle Valente
PONTE DE LIMA | AUDITÓRIO CC RIO LIMA| TEATRO
JOÃO CRAVO
Nota biográfica
Natural do Porto (1991), foi lá que iniciou a sua formação, na Academia Contemporânea do Espectáculo, tendo-a concluído em 2013. Começou o seu percurso profissional com o TEP e o Teatro do Bolhão. Pelo caminho encontrou-se com projectos como os da AoCabo, Assédio, Essemble, TNSJ, e com criadores como Gonçalo Amorim, Nuno Cardoso. Integrou a Ècole des Maitres, em 2018, onde trabalhou com Tiago Rodrigues. No cinema fez, também, “Ruptura” de Gonçalo Santos, “Sheila” de Gonçalo Loureiro, “Alvorada” de Carolina Neves.
@cravocardoso
Sinopse
Consideraremos o jogo teatral que parta dos corpos no espaço, da improvisação. À procura de uma razão de existir em cena tendo a palavra, ou do universo temático, não como o lugar de onde partimos mas aquele onde queremos chegar. Os actores serão instigados a construir ficções que misturem a realidade com a realidade imaginada.
VALENÇA | AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA | TEATRO
BEATRIZ BRÁS
Nota Biográfica
Nasceu em 1993, em Lisboa. Licencia-se em Teatro na ESTC e conclui o Mestrado em Artes Performativas em 2017 na mesma instituição. É membro fundador da companhia auéééu, tendo vindo a participar como criadora e actriz em todos os seus espetáculos desde 2014. Em 2017, no TNDMII, integra os espectáculos Esquecer, encenado por Jean Paul Bucchieri; e Sopro, de Tiago Rodrigues, tendo vindo a acompanhar a sua intensa digressão internacional. Participa no filme A Herdade, de Tiago Guedes, estreado no Festival de Veneza, com o qual ganha prémio Novo Talento 2020 da Fundação GDA. Em 2021, no TNDMII, interpreta o espetáculo O Dicionário da Fé, encenado por Jean Paul Bucchieri, e Top Girls, encenado por Cristina Carvalhal. Em 2022 inicia a digressão internacional do espectáculo Dans la mesure de l’impossible, de Tiago Rodrigues.
Sinopse
TENHO UM CORPO QUE SENTE
Nestes quatro dias iremos ver o nosso corpo, senti-lo de maneira diferente, fazer uma pausa. Vamos permitir sermos observados pelo outro, vamos observar o outro, vamos levar a atenção à relação entre nós e o que nos rodeia.
Este é um convite para entrares no mundo dos sentidos, no mundo da brincadeira, da ação, da descoberta, surpresa. Ninguém está acima de ninguém, todos são únicos à sua maneira, cada um traz um mundo dentro de si. E nós, aqui, vamos ver o que é pormos esses mundos todos juntos. Observar o que temos em comum e as suas diferenças. Aqui vamos usar o corpo como ferramenta para viver a realidade de forma maior, fora do habitual. Vamos espreitar devagarinho as tantas portas que o corpo tem, para fora e para dentro.
FOTO ©Filipe Ferreira
VIANA DO CASTELO | EB 2,3 CARTEADO MENA | TEATRO
NUNO NUNES
Nota Biográfica
Estreou-se como ator em 1997. Trabalhou com A Barraca, o TNDM II, Teatro Aberto, Teatro de Almada, Meridional, O Bando, Teatro dos Aloés, Cornucópia, Ao Cabo, TNSJ, Causas Comuns, entre outros.
No cinema destaca o trabalho com Rita Azevedo Gomes, Joaquim Leitão, Margarida Cardoso, Johan Schelfhout e Luís Filipe Rocha. Conta também com participações em cerca de dezena e meia de séries televisivas.
Encenador e produtor desde 2002, trabalhou textos de Ghelderode, António Patrício, José Régio, Franz-Xaver Kroetz, Gil Vicente, Strindberg e Natália Correia; além destes foi responsável por várias criações originais como “A Rulote”, “Efabulação”, “Condomínio” e adaptações como “Da Imortalidade” (do Épico de Gilgamesh), “O Arranca Corações” (de Boris Vian) e “Lusíadas Glória e Engano” (a partir de Luís de Camões”).
Desenvolve atividade regular como formador, destacando a colaboração com a Act – Escola de Actores e a ESAD.
Sinopse
Os jovens são levados a envolver-se num processo estruturado de registo, interpretação e representação de realidades que lhes são próximas, a partir do uso e da tomada de consciência de ferramentas teatrais.
Para além da expressão artística, valorizam-se nesta formação a dimensão lúdica do trabalho teatral, as relações interpessoais, a reflexão e consciencialização sobre aspectos da existência e o auto-conhecimento.
O objectivo é dar a possibilidade aos jovens de produzirem um discurso próprio, feito de representações e projecções a partir do teatro.
Foto ©Vitorino Coragem
VILA NOVA DE CERVEIRA | BIBLIOTECA | TEATRO
MARTA BERNARDES
Nota biográfica
Marta Bernardes nasceu, contrariando as possibilidades de nascer outra, em 1983 no Porto, em Portugal. Foi sempre boa aluna, mas não tem grande orgulho nisso. Ainda assim licenciou-se em Pintura pela FBAUP em 2006. Aprofundou o seu estudo em artes visuais e multimédia na ESNBA de Paris e mestrou-se em 2008 em Psicoanálisis y Filosofía de la Cultura pela UCM-Madrid. Desde 2005 apresenta-se regularmente ao público tanto com trabalho plástico e audiovisual, como com peças de pendor performativo, poético e musical. Apresentou obra em Portugal, Espanha, Itália, Tunísia, França, Brasil, Marrocos e Canadá. Tem obra em colecções públicas e privadas. Editou: “Arquivo de nuvens“ (Cadernos do Campo Alegre, 2007), “Ulises” (na colecção Rato da Europa, Pé de Mosca, 2013), “Claviculária” (Douda Correria, 2014), “A inocência das facas”( Tcharan editora, 2015), “Achamento”, com Catarina Nunes de Almeida (do lado esquerdo editora, 2015), “Barafunda”, com Afonso Cruz (Caminho, 2015), “Ícaro”(Mariposa Azual, 2016). Faz desenhos, faz versos, faz barulho, faz teatro, faz canções, faz fitas, faz asneiras, faz amigos. Mas mais do que fazer coisas acontecer, acontecem-lhe coisas.
EU, QUEM?
Perguntar quem sou eu? é muito mais complexo e fundo do que simplesmente dizermos o nosso nome, falarmos da nossa família, ou da nossa nacionalidade. Perguntar quem sou eu? é uma viagem sem fim a um mundo de descobertas que raramente, no meio de tanto ruído e tantas imagens, tantos tags e fotografias de perfil on-line, temos o tempo e as ferramentas para fazer. E ainda menos estamos habituados a ouvir as respostas. É que para baralhar ainda mais as coisas os outros também são “eus”, e também fazem poucas vezes a pergunta profunda sobre si.
Vamos aprender a perguntar, pelo menos um bocadinho melhor, sobre nós. Porque fazer perguntas também é uma técnica, como aprender a dançar break ou fazer bolos de chocolate.