Filme para alunos do 2º ciclo [M/10]
Duração: 28 minutos
Folha de Sala e Propostas Pedagógicas
Entrega do filme às escolas de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira
Abril – Maio 2021
FICHA ARTÍSTICA
Direção: Leonor Keil
Cocriação e interpretação: Leonor Keil, Francisco Campos
Banda Sonora: João Bastos
Edição de Vídeo: Francisco Campos
Consultoria de texto: Regina Guimarães
Construção de máscaras: Inês Areal
Confeção e apoio aos figurinos: Joana Areal
Figuração: Hibisco (Gata) Gaspar Fridolim, Raphael Fridolim, Paula Sousa, Catarina Keil, Fernando Queiroz, Sandra Medina, Pedro Santos Silva, Laura Martins
Agradecimentos: OSGA Estúdio, Nuno Braga Graça, Ecoaldeia de Janas, Lira e Pitum
MELGO – pequeno tribunal dos sentidos
SINOPSE
Surgido do nada, um ser estranho – o Melgo, anagrama de Golem – metamorfoseia-se e manipula o que o rodeia. O Melgo muda de estado quando lhe apetece: passa de pão a barro, do congelamento à invisibilidade. Atravessa paredes e é claustrofóbico…
Dois vizinhos que habitam no mesmo prédio (Leonor e Francisco) convivem com o Melgo durante três dias consecutivos. A coabitação forçada com o intruso fá-los viver sensações estranhas e tomar atitudes esquisitas. Emoções e sentimentos, imagens e representações, gestos e atuações, constantemente baralhados, vão-se desdobrando em catadupa numa viagem delirante. No decorrer desse percurso, os cinco sentidos (de que somos dotados enquanto seres humanos) servem de ferramentas para julgar ações e reações, numa espécie de tribunal da consciência – com os sete pecados capitais como pano de fundo.
HISTÓRIA DA HISTÓRIA
Algumas palavras, poucas, para evocar as preocupações donde partiu toda esta construção:
Acessório imemorial e universal, a máscara é utilizada para variados fins: desde a proteção contra vírus (como acontece no caso das máscaras cirúrgicas que usamos atualmente em situação de pandemia), ao adorno em contexto lúdico-festivo (os bailes de máscaras). A máscara está presente em rituais tribais, em representações teatrais, em cerimónias religiosas. Ela preserva, disfarça, camufla, podendo mesmo representar ou sublinhar o temperamento da pessoa/personagem. Por detrás da máscara há sempre uma cara que se faz cara e que nem sempre quer dar a cara…
Na atual situação, o uso da máscara decorre dum imperativo moral e sanitário, mas a sua sufocante omnipresença terá seguramente consequências no relacionamento entre humanos.
Será que vamos aprender a ler nos olhos mais do que na boca?
Como agimos perante as coisas que não entendemos?
Que sentidos convocamos e pomos alerta?
Como julgamos o que (nos) acontece?