Apresentamos a primeira paragem do projeto DEVIR: o Museu do Futuro Próximo.

O Museu do Futuro Próximo é um museu sem fronteiras físicas, feito à escala 1:1 do lugar que ocupa. Ancora-se na banalidade e no extraordinário das presenças que habitam o espaço público, tomando-o como ponto de partida para projeções várias, fazendo-o espaço museológico, sem confinamento histórico ou conceptual. Através da justaposição de diferentes materialidades, propõe a criação de ficções com e no território, aliadas à performatividade da deriva* no espaço público. De estrutura utópica, faz-se de fluxos e confluências entre espaços, pulsões e possibilidades. É, por isso, um museu em devir, nunca realizado, em permanente transformação pelos mais diversos espAcialistas**.

* deriva: Desvio. Deslocação. Ao sabor de. Sem rumo, sem propósito, a não ser o de derivar.

**espAcialista : Os fazedores do futuro próximo. Corpos que olham para o espaço e lhe dão tri, quadri, penta dimensionalidade. Elementos curiosos, pouco especialistas, em movimento permanente no espaço e no tempo.

Conselhos úteis:

• Comece por se dirigir ao Átrio de cada município. Aqui, receba o seu envelope e o seu mapa. Confirme o horário do Átrio antes da sua deslocação;
• Certifique-se que tem o telemóvel com os dados móveis ligados e que tem auscultadores antes de iniciar o percurso;
• Caso pretenda perder-se livremente, sugerimos que descarregue todos os ficheiros no Átrio, ainda antes de partir. Desligue os dados móveis e ative o modo Voo;
• Tome atenção ao tempo estimado da visita. Corresponde ao tempo do trajeto mais curto, a pé, mas idealmente deverá ser feita ao longo de um dia. Deixe-se perder;
• Não interessa o tempo ou o caminho a seguir. Guie-se pela decisão ou pela curiosidade.

Projeto DEVIR:

A palavra devir remete-nos para uma ideia de transformação, de mudança, de permanente movimento.

Vivemos tempos que tornaram mais evidentes a indefinição e a impermanência. Durante o processo de criação desta co-produção surgiu a pandemia, o confinamento e o desconfinamento.

Continuámos a trabalhar, a procurar como fazê-lo, à distância (uma equipa no Porto – a do Teatro do Frio, outra no Minho – as Comédias do Minho, e cada um em sua casa) e em escuta permanente. Fomos construindo vários projetos e formas de fazer e chamámos ao todo Devir. Da escuta atenta dos dias, uns caíram, outros estão guardados à espera, quem sabe, de poderem ser ativados e apresentados. Para já, estreamos/ inauguramos uma primeira paragem do Projeto Devir. Esta paragem tem como título – Museu do Futuro Próximo.

Ficha Técnica e Artística

Curadoria: Catarina Lacerda, Gil Mac, Joana Magalhães e Rodrigo Malvar
Fotografias: Carina Ferrão, Gil Mac, Joana Magalhães, João Gigante, Rodrigo Malvar, Sara Neves e Susana Madeira
Textos: Carina Ferrão, Catarina Lacerda, Joana Magalhães, Luís Filipe Silva, Maria Luís Cardoso, Sara Neves e Susana Madeira
Composição Musical: Lemke & Malvar
Vozes: Catarina Lacerda, Joana Magalhães, Maria Luís Cardoso, Sara Neves e Susana Madeira
Mistura e Masterização: Quico Serrano
Vídeos Promocionais: Miguel F
Produção Executiva: Carina Ferrão, Luís Carlos Silva, Natasha Bulha, Pedro Morgado e Vasco Ferreira
Comunicação e Assessoria de Imprensa: João Coutinho e Patrícia Barbosa
Criação e Produção: Comédias do Minho e Teatro do Frio
Agradecimentos: AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual