UNIVERSIDADE
INVISÍVEL
2 JUN
VALENÇA
10h00 – 12h30
Encontro + Conversa
TRAZER PARA DENTRO: UMA IDEIA DE JUSTIÇA
Biblioteca Municipal
10h00 – 22h30
FEIRA DO LIVRO TEMÁTICA
Biblioteca Municipal
15h00
Espetáculo + Conversa
CARA
Biblioteca Municipal
16h30
Filme + Conversas de Porta Aberta
Biblioteca Municipal
21h00
Espetáculo + Conversa
CONCERTO PARA ESTRELAS – ADIADO
Fortaleza de Valença
A Universidade Invisível ocupa, um Sábado, um município, de cada vez.
Aqui aprende-se através de aproximações diversas e valoriza-se o encontro individual com a arte e com o conhecimento. Também aqui nem sempre somos capazes de aferir no imediato o que aprendemos ou a importância do que aprendemos. As sementes germinam na invisibilidade. Tomamos a imagem da colmeia. Move-nos a necessidade de reforçar o alcance do processo de polinização que, tão ou mais importante que a produção de mel (produção esta visível e quantificável), é difícil ou até impossível de medir sendo, no entanto, determinante para o equilíbrio e sobrevivência da natureza, da sobrevivência humana.
Acreditamos, pois, que a experiência da arte, e das múltiplas formas de conhecimento, age ao nível mais íntimo de cada um e, tal como no processo de polinização, em tempos e de modos imprevisíveis, mas imprescindíveis à construção, consolidação e manutenção dos valores humanos. Tal como a polinização não impede as catástrofes naturais, também a arte e o conhecimento não impedem a barbárie humana, mas sem a polinização e sem a arte e o conhecimento o mundo seria certamente um lugar pior.
Orienta-nos ainda a afirmação do escultor Rui Chafes: “Não sei o que a arte pode mas sei o que deve. A arte deve manter as perguntas acesas.”
Muito desejamos que este seja um lugar de perguntas acesas.
Este ano andaremos em torno da ideia de justiça.
As aproximações ao tema fazem-se, umas vezes de forma mais concreta e outras de forma mais abstrata, através de abordagens teóricas (encontros e conversas), de espetáculos, filmes e livros. As opções são várias para que cada um, em função dos seus interesses, formações, idade e até disponibilidade de tempo, possa escolher.
Este é um dos momentos em que o território acolhe também espetáculos exteriores às Comédias do Minho.
02 JUN | VALENÇA
10:00 – 12:30 | Encontro + Conversa | TRAZER PARA DENTRO: UMA IDEIA DE JUSTIÇA
Chegar a afirmações que colocam questões. As ideias a caminho: multiplicar as possibilidades de verdade, as analogias, as explicações possíveis e as ligações. Abandonar a cronologia e tornar todas as ideias contemporâneas.
Multiplicar conceitos, desarrumar gavetas e permitir a entrada do pensamento dos outros.
Interpretações diferentes: conclusões diferentes – as conclusões dependem da forma de olhar, do sítio para onde se olha, e das obsessões (muitas vezes biográficas) de cada observador individual. Daí que faça todo o sentido, muitas vezes, estudar e analisar-se não só o objeto mas o seu observador.
Os outros: cada cultura determina um conjunto de movimentos, um tipo de sofrimento e de dor.
Há ligações coletivas, previsíveis, não imaginativas, ligações, enfim, que ligam coisas próximas; e, do outro lado, existem ligações individuais, privadas – no sentido em que não pertencem a mais ninguém e não são copiáveis, mas surpreendentes -, ligações que só podem ser realizadas por indivíduos livres.
A partir do “Atlas do Corpo e da Imaginação”, de Gonçalo M. Tavares.
COM Magda Henriques
Licenciada em História, variante de Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, é professora de História das Artes na Academia Contemporânea do Espetáculo.
Foi responsável pelo Programa de Atividades Educativas, “Derivas Artísticas”, da Associação Circular, em Vila do Conde, e foi coordenadora do Projeto Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
Tem desenvolvido programas, especialmente no âmbito da arte contemporânea, destinados a públicos adolescente e adulto, em colaboração com várias instituições e festivais, em diferentes zonas do país, sendo de destacar a Fundação de Serralves, Fundação Calouste Gulbenkian, A Oficina (Centro Vila Flor e Centro Internacional das Artes José de Guimarães), a Culturgest, o Teatro Maria Matos, o Teatro Viriato, o Teatro Municipal do Porto, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a Associação Quarta Parede, o CENTA, o Centro Cultural de Cascais, o Festival Escrita na Paisagem e escolas e câmaras municipais variadas. Criou e programou o Serviço de Exposições e o Serviço Educativo de A Moagem, no Fundão.
É responsável pela direção artística das Comédias do Minho.
10:00 – 22:30 | FEIRA DO LIVRO TEMÁTICA
Numa parceria com a livraria Centésima Página, acontece uma feira do livro que dará especial atenção ao tema de cada encontro.
A literatura infantil está presente em todas as sessões.
15:00 | Espetáculo | CARA + CONVERSA
CONCEÇÃO, DIREÇÃO E COREOGRAFIA Aldara Bizarro
PÚBLICO-ALVO | a partir dos 10 anos
Quem somos neste “país pequeno que faz por caber numa Europa cansada”? De que forma nos foi contada a nossa história? Como gostaríamos de continuar a escrevê-la? Como podemos ser melhores portugueses? Cara é um espetáculo-aula da maior relevância para todos os públicos. Uma bailarina começa por confessar ao público “não saber nada” de história… mas logo depois viaja por um mapa mundi, percorrendo uma timeline de mais de 1200 anos, cuidadosamente desenhados por um skate…
Uma inóspita e provocadora visão da nossa história e da nossa identidade, para assistir cara a cara.
16:30 – Filme + Conversas de Porta Aberta
De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, escolhido pelo convidado do encontro, e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…
21:00 | Espetáculo | CONCERTO PARA ESTRELAS + CONVERSA – ADIADO
DIREÇÃO ARTÍSTICA Rodrigo Malvar
Em 580 a.c., nasceu em Samos, o matemático Pitágoras que refletiu sobre a música das esferas, trazendo para espaço comum planetas, pessoas e música.
Observar e sentir para ser parte da paisagem, observar e sentir para voltar a ser matéria no espaço, observar e sentir para reequacionar a realidade.
Ouvir palavras e estrelas, escutar espaços e som. Partir para Voltar. Respirar.