QUE CINEMA É ESTE?
FORMAÇÃO
20+21 OUT
Melgaço
Sex 21:00-23:00
Sáb 10:00-13:00
Formador Pedro Filipe Marques
Porto, 1976. É licenciado em realização cinematográfica pela ESTC, tendo desenvolvido trabalhos no cinema desde 1999, nas áreas de montagem e realização. Colabora em projetos de teatro desde 2009, tanto na realização de vídeos como em dramaturgia. Em 2013, concluiu o seu mestrado em Comunicação e Artes na Universidade Nova de Lisboa. Do seu trabalho como realizador, destacam-se as longas-metragens documentais ‘A Nossa Forma de Vida’ (2011) e ‘O Lugar Que Ocupas’ (2016).
A Universidade Invisível ocupa um município, de cada vez, ao longo de um fim de semana.
Nesta ocupação as aproximações à arte fazem-se através de abordagens teóricas (módulos de formação, conferências / conversas), de espetáculos, concertos, filmes e livros. As opções são várias para que cada um, em função dos seus interesses, formações, idade e até disponibilidade de tempo, possa escolher.
Aqui aprende-se através de aproximações diversas e valoriza-se o encontro individual com a arte, com o conhecimento. Também aqui nem sempre somos capazes de aferir no imediato o que aprendemos ou a importância do que aprendemos. As sementes germinam na invisibilidade. Orienta-nos a afirmação do escultor Rui Chafes: Não sei o que a arte pode mas sei o que deve. A arte deve manter as perguntas acesas.
Formação
Que arte é esta?
Pequenas histórias…
Esta formação teórica organiza-se em sessões temáticas em torno de vários géneros artísticos: artes visuais, teatro, dança, música, cinema e performance.
As sessões, orientadas por diferentes formadores, têm em comum uma abordagem que parte da contemporaneidade, e da frequente estranheza que as obras de arte do nosso tempo provocam, para uma viagem no tempo que ajude a perceber melhor os caminhos percorridos pelas práticas artísticas. Este é também um lugar onde se deseja que a conversa aconteça e se pense em conjunto.
Que Cinema é este?
O documentário observacional é muitas vezes visto como um ato de captação alheio a um pensamento complexo de construção. Neste módulo pretendemos mostrar como esta prática se tornou num ‘modo de fazer’ e num ‘gesto de pensar’, evoluindo através dos tempos. Hoje vivemos numa sociedade saturada de imagens, onde qualquer um de nós tem à disposição inúmeros meios digitais capazes de filmar fragmentos díspares da realidade. Com a proliferação dos reality shows, o Big Brother de George Orwell ganhou uma dimensão lúdica e visível. Somos todos apenas ‘voyeurs’? Onde está a linha ténue que distingue o cinema de modo observacional do resto? E será o próprio cinema indiferente à sociedade digital onde se insere?
FEIRA DO LIVRO TEMÁTICA | 20 e 21 OUT
Sex: 21h00 – 23h00 | Sáb: das 10h00 – 23h00
21 OUT
15:00 | Cinema de Animação | MOSTRA DE CINEMA DE ANIMAÇÃO
PÚBLICO-ALVO | a partir dos 6 anos
É dentro do formato curto que o cinema de animação mais surpreende e fascina: sete filmes, sete modos de narrar, de representar o outro, de refletir sobre a atualidade, de lhe encontrar um sentido, reservando um espaço à efabulação, cortesia da imagem animada. O cinema de animação será sempre fonte de inspiração e imaginação sob a forma da imagem animada.
17:00 – Filme + Conversas de Porta Aberta
A Academia das Musas de José Luis Guérin
De portas abertas a todos os que queiram juntar-se, assistimos a um filme, ou documentário, relacionado com o tema da formação Que arte é esta? Pequenas histórias… (artes visuais, teatro, dança…) e conversamos sobre o que vimos e sobre o que pensamos sobre o tema. As únicas condições de acesso são: o gosto por ver filmes e a vontade de conversar…
21:30 | Performance | MB6
DE Miguel Bonneville
Faz agora oito anos que estreei esta performance. Continua a fazer sentido apresentá-la, contrariamente à maioria das performances desta série. É como uma passagem de um livro, ou um poema, ao qual regressamos sempre porque nos diz sempre alguma coisa importante sobre a nossa vida nesse momento.
A minha relação com as mulheres sempre foi de uma imensa cumplicidade, e de uma partilha e compreensão profundas. Não terá sido então esse o meu impulso – que esteve sempre latente -, o de, através destas seis mulheres (minhas amigas, conhecidas, artistas, irmãs) eu me tornar mulher?
As autobiografias feitas por mulheres sempre foram, ao longo da história, vistas como incompletas, descontínuas, incoerentes, fragmentadas ou privadas. Vejo assim também o meu trabalho, pois sei que uma autobiografia coerente, contínua e narrativa é uma impossibilidade. Será sempre incompleta, em contínua transformação e regeneração.